Vacinação

Só seis unidades de saúde de Santa Maria têm a vacina pentavalente 

Thays Ceretta

Uma vacina obrigatória, que faz parte do calendário básico de vacinação das crianças, está em falta tanto na rede pública quanto na privada de Santa Maria. O repasse das doses da pentavalente para o município vem apresentando problemas desde o mês de maio.

Nas clínicas particulares, a situação é ainda pior. As vacinas não estão sendo compradas há cerca de um ano, e quando o estoque chega, não é suficiente para atender a demanda. O motivo do déficit foi o atraso no envio das doses, por parte do Ministério da Saúde.

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Conforme a médica pediatra do município Alcimara Miolo, não existe outra vacina que pode substituir a pentavalente, a alternativa é aguardar a chegada da dose e vacinar depois, o que não acarreta problemas à criança.

- A vacinação é feita aos 2, 4 e 6 meses de vida, aos 15 meses tem um reforço. O ideal é fazer a vacina nas crianças no mês correto, mas quando a vacina está a atrasada depois se coloca em dia, como não fica tanto tempo sem doses não causa tanto problema à população - explica.

A enfermeira do município Ana Motta comenta também que se as crianças não se vacinam no período estão mais sujeitas a adoecerem, por ficarem mais expostas, como a falta depende do repasse, não a imunização pode ser feita depois. 

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A VACINA
A vacina pentavalente, que faz parte do calendário básico de vacinação infantil, é uma vacina combinada do tipo injetável. Ela é uma união da vacina tetravalente com a vacina contra a Hepatite B. Com isso, ao invés de duas aplicações, será necessário apenas uma injeção para que se imunize a criança contra as cinco doenças cobertas pela vacina: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b>

A vacinação básica consiste na aplicação mínima de três doses (aos 2, 4, 6  e 15 meses de vida), com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a partir de dois meses de idade. 

ONDE HÁ VACINAS
Na quarta-feira da semana passada, o município recebeu 700 doses. Por ser uma quantidade pequena, a Secretaria de Saúde optou por fazer uma distribuição regionalizada, tendo como referência o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) e cinco unidades de saúde, uma em cada região, de forma a contemplar toda a cidade. 

Distribuição das 700 vacinas
200 doses para a Policlínica José Erasmo Crossetti
100 para o Husm
100 para a UBS Ruben Noal
100 para a UBS Oneyde de Carvalho
100 para a UBS Kennedy
100 para a UBS Wilson Paulo Noal

A orientação é que as demais unidades de saúde do município encaminhem as crianças para receber a dose da vacina nesses locais que, além disso, estão orientados a avisar o setor de imunizações se for registrada falta da vacina novamente. 

Foto: Lucas Amorelli / New CO DSM


PREOCUPAÇÃO DOS PAIS

Preocupadas com a saúde dos filhos, algumas mães estão buscando alternativas. É o caso de Bárbara Henriques, 32 anos. Depois de ir ao posto de saúde e saber que não tinha vacina pentavalente, ela e mais duas amigas ligaram para alguns municípios da região para tentar conseguir a dose.

– Eu consegui vacinar a Rafaela no posto de saúde quando ela tinha dois meses de vida. Mas, na dose dos quatro meses, não tinha. É muito complicado ficar sem vacinar o filho, é muito ruim. Quando as crianças começam a ser prejudicadas com o atraso das vacinas, elas correm riscos, e isso é preocupante. É só lembrar quantas doenças já foram eliminadas em função da vacina. A vacinação é muito importante, e é um absurdo atrasar. Eu pude ir a Júlio de Castilhos, mas tem gente que não tem condições – afirma a jornalista e mãe da Rafaela Henriques Giuliani, 5 meses.

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A VACINA NAS CLÍNICAS PARTICULARES

MULTIVACIN
Há cerca de 2 anos tem dificuldade no envio das vacinas. Possui lista de espera, com pelo menos 100 pessoas. As vacinas são importadas, e os laboratórios dizem que falta um componente para fabricação das doses. 

Hexavalente – Às vezes, recebem a cada 2 ou 3 meses, mas apenas 20 doses. O último lote veio com 60 unidades. O preço da dose é de R$ 300
Pentavalente – Já não recebem há um ano, não tem lista de espera. O preço da dose é de R$ 190
Endereço – Rua Pinheiro Machado, 2.350, anexo ao Edifício Central de Clínicas
Horário – Das 9h às 12h e das 14h às 19h
Telefone – (55) 3222-6686

VIVACIN
O laboratório que fornece para a clínica alega que um componente da vacina para sua fabricação está em falta  

Hexavalente – Estava recebendo todo mês, cerca de 10 doses. A fila de espera tem mais de 100 pessoas. O preço da dose é de R$ 330. Em julho, a clínica não recebeu a vacina
Pentavalente – Está em falta desde o ano passado. O preço da dose é de R$ 200
Endereço – Rua Venâncio Aires, 2.777
Horário – Das 9h às 12h e das 14h às 19h
Telefone – (55) 3221-1323

IMUNE
As vacinas pentavalente e hexavalente estão em falta há mais de um ano. A clínica não informou os valores atuais pois a tabela está desatualizada devido ao tempo que não recebe as doses. Não tem lista de espera, nem previsão de recebimento. Os funcionários ligam para alguns clientes que pedem para avisar 

Endereço – Rua Silva Jardim, 2.038, anexo à Policlínica Medianeira
Horário – Das 8h às 18h, sem fechar ao meio-dia
Telefone – (55) 3026- 4826

A DIFERENÇA ENTRE AS VACINAS

- A diferença entre a vacina pentavalente aplicada pela clínica particular e a aplicada nos postos de vacinação públicos refere-se à composição. A fornecida pela clínica privada é acelular, e a do posto é composta de células inteiras.

- Na prática, as duas são muito eficazes, mas a acelular tem a vantagem de provocar menos reações adversas.

- O Ministério da Saúde não oferta da vacina hexavalente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apenas as clínicas particulares.

- A pentavalente da rede pública protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

- A pentavalente das clínicas particulares protege contra difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

- Já a hexavalente das clínicas particulares protege contra difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, hepatite B e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

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